Manuel
Castells define a sociedade em rede como uma “sociabilidade assente numa dimensão
virtual, possível e impulsionada pelas novas tecnologias, que transcende o
tempo e o espaço” (Castells, 2002). Desta forma, uma sociedade aberta e em rede existe quando há
troca de informação e conhecimento, sem que a distância e/ou o tempo seja um
impedimento, tornando o mundo mais colaborativo e interconectado.
Desde que
surgiu a Internet, na década de 80 do século passado, a evolução tecnológica permitiu
que a sociedade estivesse cada vez mais ligada, ou seja, em rede. Esta possibilidade,
como já atrás se referiu, proporcionou a queda de barreiras geográficas, temporais
e até sociais. No que à educação diz respeito, esta sociedade em rede permite
criar uma educação aberta onde os alunos têm um papel ativo na construção do
seu conhecimento e na autorregulação do mesmo, definindo os conteúdos da sua
aprendizagem sem que exista imposição por parte de quem ensina ou regulamenta a
aprendizagem. Nesta perspetiva, a educação aberta caracteriza-se por ser flexível,
acessível e inclusiva visto que o aluno é quem decido o que aprender e quando
deve aprender. Esta noção de educação aberta diverge do atual modelo educativo,
considerado como educação fechada, pois é regulado pelo estado através de um
currículo próprio, programas e metas curriculares.
De entre as
várias vantagens da sociedade em rede, destaca-se a aprendizagem flexível em
termos de tempo e espaço; o processo de ensino-aprendizagem pode acontecer em
simultâneo ou não; o trabalho pode ser individual ou colaborativo; a informação
é veiculada instantaneamente; e o ensino pode ter custos menos avultados. Por outro
lado, podemos referir como desvantagens o facto de a informação veiculada nem
sempre ser fidedigna; a informação transmitida carece, frequentemente, de
atualização; a perda de contacto pessoal/social entre os indivíduos que permanecem
mais tempo em rede.
- Castells, M. (2002). A Sociedade em Rede. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura - Volume I. Fundação Calouste Gulbenkian.
Sem comentários:
Enviar um comentário